Após reunião realizada na quarta-feira passada (22/03), o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a Taxa Selic em 13,75 por cento ao ano.
Essa foi a quinta reunião consecutiva com manutenção da taxa básica de juros da economia.
De acordo com o comunicado do Banco Central, a inflação ao consumidor no Brasil segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.
Em relação ao cenário externo, o comunicado diz que os episódios recentes envolvendo bancos nos EUA e na Europa elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento.
Confira abaixo nota da ABRAINC sobre a manutenção da Selic em 13,75 por cento:
A ABRAINC entende que o Banco Central precisa reduzir a taxa Selic, pois os juros altos são entraves ao desenvolvimento econômico do Brasil e podem prejudicar a geração futura de emprego.
Mesmo nos atuais patamares da Selic, a ABRAINC destaca que a principal fonte de financiamento para compradores de imóveis de baixa renda é o FGTS, que não é influenciado pela Selic. Dessa forma, com a implantação do novo Minha Casa Minha Vida temos boas perspectivas de aumento de produção para esse segmento.
A ABRAINC ressalta que os financiamentos habitacionais de médio e alto padrão são os mais impactados com a Selic. Neles, a taxa de financiamento habitacional do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) ainda segue em valores inferiores ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Todavia, o setor considera que seria relevante que o Banco Central já adotasse medidas que aumentem a oferta de funding ao setor. Uma possível medida, para manter o crédito habitacional em patamar similar ao de 2022, seria o aumento no percentual de recursos da Poupança, que é direcionado obrigatoriamente ao financiamento de imóveis - dos atuais 65 por cento para 70 por cento.
Outras medidas importantes para preservar o crescimento do setor nesse ambiente de alta na Selic seria a dedução dos juros de crédito imobiliário no imposto de renda e a elevação do teto para que quem usar o FGTS na compra de um imóvel - atualmente esse valor está em RS 1,5 milhão.
Por fim, a ABRAINC lembra que a construção responde no Brasil por 7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), 9 por cento da arrecadação de impostos e 10 por cento dos empregos gerados, sendo assim, necessita de financiamento de longo prazo a juros baixos para viabilizar seu crescimento.
Fonte: Redação ABRAINC
Cadastre-se e receba novos imóveis direto na sua caixa de e-mail